Formação Intensiva teório-prática que discute práticas artísticas e intelectuais que tem se dedicado a denunciar o estupro como forma de violência expressiva do patriarcado capitalista. 

 

APRESENTAÇÃO

O estupro é uma das formas de opressão e submissão de corpos feminilizados dentro do mundo colonial patriarcal em que vivemos. Na América Latina essa realidade se agrava a cada ano com a contínua apropriação de territórios e comunidades pelo necropoder.  Artistas Latinoamericanas têm respondido de diversas formas a essa realidade, colocando seus corpos à disposição de um grito individual e coletivo que busca saídas. Infelizmente, não apenas esse território é afetado por essa realidade, e sua experiência nutre a reflexão sobre o Estupro no norte e sul global. Nesta oficina estudaremos 6 artistas latinoamericanas do século XX e faremos reativações dos seus trabalhos no presente, indo para além da denúncia que elas já propuseram. 

 

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

>Conhecer, discutir e dar visibilidade à produçao artística e intelectual de mulheres latinoamericanas que endereçam a questão do estupro.

>Apropriar-se, através da reativação, desse repertório sensível e revolucionário para produzir materialidades artísticas no presente. 

>Compartilhar urgências e possibilidades de ação coletiva em torno da questão do estupro com as/os participantes.

 

METODOLOGIA

Nesta formação teórico-prática, as facilitadoras mostram exemplos de obras de arte históricas e fornecem uma análise sintética de intelectuais feministas decoloniais que ajudam a compreender essas prácticas artísticas à luz da discussão sobre o Estupro como sintoma da violência de gênero, sexual e a chamada violência expressiva. Elas proporão exercícios criativos nos quais os participantes serão capazes de refletir sobre suas próprias realidades, experiências, desejos, lutas pessoais e coletivas. Por fim, as participantes são estimuladas a materializar propostas artivistas coletivas que reflitam os conteúdos da formação. 

 

PROGRAMA 

Estupro é uma violência expressiva: perspectivas de gênero e colonialidade

>Colonialidade e gênero como condicionante de violências sexuais

>Violência expressiva: Masculinidade Patriarcal e Pedagogia da Crueldade

>Abordagens legais do Estupro: comparações das soluções e limites das perspectiva europea, africana e latinoamericana.

Artistas Latinoamericanas que odeiam Estupros: memória e reativação

>Reativação de estratégias criativas das artistas latinoamericanas Ana Mendieta (Cuba), Monica Mayer, Ema Villanueva, Lorena Wolffer (México), Mirella Carbone (Perú), Maria Teresa Hincapié (Colombia) e Lotty Rosenfeld (Chile). 

>Como expor a dinâmica do estupro nas comunidades locais? artivismos coletivos e contextuais

 

PERFIL DAS PARTICIPANTES

Não é necessário ter experiência prévia no tema para participar desta formação. Entretanto, é importante considerar que ela tem um grande componente prático no qual os participantes serão convidados a usar suas habilidades criativas (corpo, voz, plástico, etc.). A formação é aberta a pessoas adultas, de qualquer área, que estejam motivadas e curiosas. Se você possuir alguma dúvida ou necessidade particular, não hesite em entrar em contato conosco.